foto de Edgar Gatti
Colatina é uma cidade calorosa e maravilhosa!
Deus nos ofereceu esse pôr-do-sol deslumbrante
nas cores brilhantes do rei Sol. Essa é a ponte que
interliga o centro da cidade aos bairros de São Silvano,
Maria das Graças, Honório Fraga e as cidades do norte
do estado do Espírito Santo.
Páginas
Gastronomia
É a gastronomia que inspeciona os homens e as coisas, para transportar de um país a outro lado o que merece ser conhecido, fazendo que um festim cuidadosamente organizado seja como um resumo do mundo, em que cada parte comparece por intermédio de seu representante.
Brillat Savarin, em A Fisiologia do Gosto
Brillat Savarin, em A Fisiologia do Gosto
sábado, 22 de outubro de 2011
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Seja útil e queira aprender sempre
Cozinha do interior de Minas Gerais |
Raças |
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Encontro gastronômico em Serra/ES |
Paella Valenciana |
Grissini |
Bruschetta |
A criação é uma dádiva. Criar significa transformar, trabalhar, ajudar, ensinar ou realizar algo importante. Nessa linha de pensamento, é necessário, criarmos sempre enquanto há vida. A criação dá ânimo e energia para que a nossa existência seja iluminada e ativa. Pode-se criar na arte, nas novas tecnologias, na literatura, na cozinha ou em qualquer outro campo científico. Ah! o trabalho nos dá direção. A cozinha ajuda-me a permanecer conectada às diversas culturas, suas histórias, suas crenças, seus alimentos, suas técnicas e, principalmente, nas pessoas que habitam cada parte de nosso planeta. Além disso, a cozinha nos permite o contato com adultos, jovens e crianças para que os conceitos não se estagnem, os choques de ideias e gerações se mesclem e diminuam os preconceitos. Portanto, ao entrar em harmonia com o processo criativo da cozinha corrompe-se o ócio em detrimento de uma alegria maravilhosa, o cuidado com o próximo e a propagação da vida.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Caruru de Cosme e Damião
Na Bahia tem caruru o ano todo mas, nas sextas-feiras é mais fácil encontrá-lo nos restaurantes locais. Portanto, essa iguaria fecha a semana com todo o seu requinte. No mês de setembro a história é relembrada com todo o seu esplendor através dos gêmeos Cosme e Damião. Esses dois médicos tinham os seguintes nomes originais: Acta e Passio. Viveram na Síria e na Armênia, pregavam o cristianismo e atendiam a todos sem cobrar nada por seus tratamentos. No entanto, foram acusados de feitiçaria. Assim, no ano 303, eles foram decapitados por ordem do Imperador Diocleciano.
Em 27 de setembro de 1530, com os colonizadores portugueses, foi erguida a primeira igreja em devoção a Cosme e Damião na cidade de Igaraçu em Pernambuco. Havendo assim, a união do sincretismo religioso com a crença dos escravos trazidos da África Ocidental. Eles que cultuavam os ibejís, isto é, orixás-meninos que no candomblé são filhos de Xangô e Iansã. Nesse caldeirão cultural entra a cultura índigena por meio da culinária, sendo que ela é representada pelo costume baiano de celebrar suas festas religiosas com a mesa farta.
O caruru é de origem indígena e significa Caá (folha) ruru (inchada). Essa receita é feita originalmente com ervas e pimenta socadas no pilão. Os escravos africanos adicionaram novos sabores e odores: amendoim, azeite de dendê, camarão seco, castanha de caju, cebola, gengibre e, é claro, o quiabo. Esse é o ingrediente mais significativo do caruru. Sabe-se que quantos mais quiabos forem utilizados na feitura da oferenda mais valorosa é a "obrigação".
Esse prato é servido com uma variedade de acompanhamentos, tais como: vatapá, acarajé, xinxin de galinha, frango cozido, feijão fradinho, arroz, inhame, pipoca, banana frita além da cana de açúcar, rapadura, peixe frito, milho branco, abóbora e feijão preto em outras ocasiões.
O caruru é servido aos "sete meninos" que representam os sete irmãos - Cosme, Damião, Dou, Alabá, Crispim, Crispiniano e Talabi, sendo que essa comida é ingerida "com a mão". De acordo com a crença popular, a casa onde é servido o caruru, isto é, no dia de Cosme e Damião, as doenças, os feitiços, o mau olhado, a esterilidade e a espinhela caída não entram nesses lares.
Curiosidades:
1. A pessoa que oferece o caruru deve cortar o primeiro quiabo no momento de sua preparação e ao terminá-lo deverá ofertar aos santos gêmeos em vasilhas novas diante das imagens dos irmãos. Esse é o momento de agradecer ou fazer um novo pedido.
2. A galinha usada no caruru não deve ser abatida.
3. Bebida alcoólica não é permitida durante o caruru.
4. Quem encontrar um quiabo inteiro no prato será a pessoa que ofertará um caruru no próximo ano.
Vamos a receita?
Ingredientes:
- 2 cebolas bem picadas
- 2 kg de quiabos cortados em cruz e depois picados
- 120 ml de leite de coco
- 8 colheres de sopa de azeite de dendê
- 4 colheres de sopa de azeite de oliva
- 100 g de castanha de caju processada (textura de farinha)
- 60 g de amendoim processado (textura de farinha)
- 60 g de camarão seco defumado processado (textura de farinha)
- 10 g de gengibre ralado
- 150 ml de caldo de peixe ou de legumes
- Coentro a gosto
- Sal a gosto
Modo de preparo
Lave bem os quiabos. Corte as extremidades do quiabo: cabeça e ponta e descarte.
Corte os quiabos em quatro partes em formato de cruz (recomenda-se não lavar os quiabos depois de cortados para não soltar baba).
Em uma panela grande, coloque o azeite de oliva e a cebola picada para dourar e refogue os quiabos rapidamente.
Adicione a castanha de cajú, o amendoim, o camarão seco e o gengibre. Deixe tomar gosto refogando por uns cinco minutos, coloque o azeite do dendê, misture bem e em seguida o leite de coco.
Deixe levantar fervura e coloque um pouco do caldo de sua escolha (peixe ou legumes).
Cozinhe mais por oito minutos e neste mesmo tempo coloque o coentro. Está pronto o caruru.
Sirva com arroz branco.
Axé!
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Ciabatta Maravilhosa
INGREDIENTES:
1 lata de atum desfiado
1 copo de requeijão cremoso
6 pães tipo ciabatta
meio maço de rúcula
1 tomate cortado em rodelas
MODO DE PREPARO:
Misture o atum com o requeijão. Recheie os pães com a pasta de atum e cubra com a rúcula e os tomates. Sirva a pasta gelada.
Dica: Substitua o atum por duas xícaras (chá) de peito de frango desfiado. Adicione uma porção de hortaliça ao seu sanduíche e assim, aumentar o seu consumo de fibras diárias!
Bon appétit!
Bon appétit!
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Brownie
Brownie - Delícia de chocolate! |
½ xícara (chá) de cacau em pó (38 g)
½ xícara (chá) de fécula de batata (70 g)
1 xícara (chá) de farinha de trigo integral (114 g)
1½ xícara (chá) de açúcar mascavo (184 g)
3/4 de xícara (chá) de nozes (70 g)
½ colher (chá) rasa de bicarbonato de sódio (4 g)
¼ de xícara (chá) de óleo de soja (46 g)
½ xícara (chá) de água de coco (102 g)
½ xícara (chá) de leite de soja para uso culinário (106 g)
Cobertura:5 colheres (sopa) de cacau em pó (44 g)
10 colheres (sopa) de açúcar mascavo (136 g)
1 xícara (chá) rasa de água de coco (200 ml)
MODO DE PREPARO:
Peneire o cacau, a farinha, a fécula de batata e o açúcar, e coloque-os em uma mesma vasilha. Pique as nozes em tamanho pequeno e adicione-as a essa vasilha. Acrescente o bicarbonato, o óleo, a água de coco e o leite de soja. Misture até ficar uma massa homogênea. Unte uma fôrma e coloque a massa. Leve ao forno médio (180°C), preaquecido, e asse por 40 minutos ou até que, ao espetar um palito no centro do brownie, ele saia seco.
Cobertura:
Peneire o cacau e o açúcar, e coloque em uma panela. Adicione a água de coco e leve ao fogo. Quando ferver abaixe o fogo e mexa até formar um creme. Coloque a cobertura sobre o brownie e sirva frio.
Sugestão: Você pode substituir a fécula da batata por ½ xícara (chá) de farinha de aveia ou farinha de banana-verde.
Receita do blog Basílico
domingo, 4 de setembro de 2011
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Azeite
Uma posição afirmativa, sempre existiu em relação ao azeite, principalmente, ao tratar do assunto, no que concerne: cada país produtor de azeitonas tinha e tem seus próprios usos e costumes gastronômicos. Contudo, esses hábitos de países produtores, se adequam com perfeição a vida moderna em diversas partes do planeta. Sabe-se, também, que tanto na mesa como no campo, cada povo tem seus costumes e necessidades no uso dessa gordura. Países representativos na cultura do azeite, tais como: Itália, Grécia e Portugal, sempre tiveram, cada um deles, seguindo seus costumes e imposições econômicas, grandes e pequenas áreas de plantio de oliveiras. Havendo, portanto, uma produção de azeite suficiente para o seu uso interno. Entretanto, a história mudou e prosperou a plantação e o uso do azeite nos novos hábitos alimentares no mundo. Hoje, poderosos grupos de proprietários de terras e comerciantes, transformaram imensas áreas em territórios importantes para a plantação e produção de variados sabores e aromas do produto. Após períodos sangrentos, de guerras internas e mundiais, ocorre nas regiões produtoras de azeite, a abertura de fronteiras internacionais para a comercialização do produto, em que a diminuição das distâncias entre os povos e a democratização da informação foram fatores preponderantes para que o azeite de oliva saísse das lamparinas, da lubrificação das máquinas, dos perfumes e, entrasse com força total no século XXI como a mais apropriada gordura a ser oferecida em nossas mesas. Surgindo, dessa forma, Azeite de Oliva, Azeite de Oliva Virgem e Azeite de Oliva Extra Virgem, que são denominações autorizadas para a sua comercialização em supermercados e afins. Vale à pena citar que novas denominações aparecem: Azeite de Oliva Aromatizado, Azeite Extra Virgem Monovarietal e Azeite de Oliva Extra Virgem. Esses são os azeites de denominações de Origem Controlada.
Para escolher o azeite, é necessário:1.Observar inicialmente o rótulo com sua certidão de qualidade.
2.No rótulo, procure saber, se o azeite foi embalado na sua origem de produção ou no país que o exportou.
3.Identifique os termos ”Azeite de Oliva Extra Virgem”, ”Azeite de Oliva Virgem” ou “Azeite de Oliva”. Se não existir essas denominações, despreze-o.
4.Evite azeites que não foram embalados nos países produtores. Caso o azeite tenha sido embalado no país de origem da produção, este é um fator importante, para o reconhecimento da excelência do produto.
5.Quando analisar um Azeite de Oliva, procure saber se é uma composição de um refinado como Virgem ou Extra Virgem.
6.Prefira o Extra Virgem, em garrafas escuras pois as mesmas impedem a ação dos raios ultra violetas.
7.A qualidade de um azeite, necessariamente, não será definida através de seu preço.
8.A data de validade é essencial. Quanto mais novo, melhor o azeite. Dessa maneira, o prazo de validade é de 3 anos.
9.Ao abrir uma garrafa, sinta o aroma e experimente o azeite puro. Através desses sentidos, poderemos definir as sensações de uma classificação, com um leve amargor e uma picância na garganta. Ao misturar o azeite com o alimento, esta sensação desaparecerá. Sinta a textura, a viscosidade do azeite e observe a limpidez do líquido.
10.Dessa forma, o comércio de azeite atingiu escala mundial e a seleção pela qualidade do produto acontecerá com a mesma rapidez que surgem e desaparecem as marcas irregulares.
11.É necessário, então, conhecer as características e qualidades do azeite para obter o melhor para a saúde e, finalmente, o consumidor/o cozinheiro devem observar atentamente o azeite a ser usado para que possam realçar o sabor de seus pratos com harmonia.
Vanete Piedade dos Santos Arrigoni
especialista em Cultura Gastronômica e Degustação, UVV/ Vila Velha, ES
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